domingo, 8 de junho de 2014

Saúde coloca municípios do Pará lá atrás

(Foto: Thiago Araújo/Arquivo)
O mais recente Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que tem por base dados nacionais sobre educação, saúde, emprego e renda coletados em 2011, coloca os municípios do Pará entre as piores situações avaliadas. O estudo, feito anualmente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro acompanha o desenvolvimento socioeconômico de todos os 5.565 municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego & renda, Educação e Saúde.
Jacareacanga, São João do Araguaia e Bagre estão entre as 10 piores cidades do país. A pior classificação da Saúde no Brasil é a de Jacareacanga e a de Educação é Bagre. Ao todo, o Pará tem 67 municípios entre as 500 posições mais baixas do ranking. Por outro lado, há a predominância total de São Paulo nas 10 primeiras colocações. Neste grupo, praticamente todas as cidades apresentaram alto desenvolvimento nas três áreas analisadas. A primeira cidade colocada no ranking foi Louveira (SP), com 0,9161 ponto, seguida de São José do Rio Preto (SP), com 0,9156. Nas duas últimas posições do ranking nacional estão Santa Rosa do Purus (AC), com 0,2819 ponto, e Atalaia do Norte (AM), com 0,2916 ponto.
Entre as capitais brasileiras, Belém está na 25ª posição e ganha apenas para Macapá (AP). Curitiba (PR) ocupou novamente o topo do ranking, enquanto São Paulo (SP) e Vitória (ES) alternaram suas posições. A capital paulista assumiu a segunda colocação por manter um bom desempenho na vertente Emprego e Renda, indo na contramão das demais capitais que, em grande maioria, apresentaram recuo na geração de empregos. Estas três cidades e Palmas (TO), quarta colocada no ranking das capitais, integram o rol dos 100 maiores IFDMs do Brasil.
Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM, divulgado pelo Sistema FIRJAN, é feito, exclusivamente, desde 2008, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8001 a 1).
SAÚDE E EDUCAÇÃO
No Pará, o município que conseguiu os mais altos índices foi Parauapebas, que obteve 0,7711 pontos na avaliação geral e está em 604º lugar no ranking. Belém obteve no geral 0,7020 e nos itens Saúde e Educação caiu para 0,6634 e 0,6228 respectivamente. Estas áreas – Educação e Saúde – são as piores avaliadas em todo o Estado do Pará.
Na Saúde, o município de Jacareacanga é o pior do Brasil, com 0,1623 pontos, na 5.565ª colocação, seguido de perto por Trairão, com 0,1841 pontos , na 5.563ª posição. Somados a estes dois, outros 12 municípios paraenses ficaram entre os 100 piores resultados em Saúde. Parauapebas e Tucuruí são as únicas cidades paraenses que alcançaram média acima de 0,7 pontos e caem na faixa dos municípios de desenvolvimento “moderado”. Não há nenhuma avaliação entre os municípios paraenses que tenha conseguido ultrapassar 0,7 na área da Saúde.
Na avaliação da Educação entre os municípios do Pará, Bagre, Porto de Moz e Chaves obtiveram os piores resultados com 0,2744, 0,3758 e 0,3892, sendo que Bagre é a pior Educação do Brasil, na 5,565 posição e Porto de Moz é a 10ª pior, na 5.555ª colocação.
Os municípios que obtiveram os melhores resultados foram: Santarém (0,7168), Altamira (0,6823) e Tucuruí (0,6611), lembrando que estas duas últimas são cidades onde há atuação efetiva da estatal Eletronorte. Mesmo assim, a melhor colocada em Educação no Pará alcançou a 2.857ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros. Altamira e Tucuruí ficaram em 3.367ª e 3.676º, respectivamente.
(Diário do Pará)

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