quarta-feira, 20 de maio de 2015

CPI da Petrobras desconfia de morte de deputado e vai pedir exumação do corpo do ex-deputado José Janene

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras vai pedir a exumação do ex-deputado José Janene. O parlamentar foi apontado em depoimento pelo doleiro Alberto Youssef como o operador do PP no esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propina envolvendo a Petrobras.

Antes da reunião que colheu os depoimentos do presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e do diretor da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-RJ), disse que foi procurado pela viúva do parlamentar, Stael Fernanda Janene, que suspeita que Janene não morreu e que fugiu para escapar das condenações da Ação Penal 470, o processo do mensalão, do esquema investigado pela Operação Lava Jato e de outras coisas mais.



“A própria viúva não tem certeza se o senhor Janene morreu. O caixão apareceu lacrado e ninguém o teria visto morto”, disse Motta, que anunciou a intenção de exumar o corpo de Janene. "Eu vou protocolar o requerimento, pois me comprometi com essa exumação".

A informação causou tumulto entre os integrantes da comissão. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que a exumação iria causar um desvio nas investigações da CPI. “Não podemos agora querer colocar um bode na sala com essa exumação”, disse.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) propôs que, antes de se fazer a exumação, fosse criada uma comissão de deputados para falar com Stael Fernanda Janene e colher mais informações. Como não houve consenso, antes de decidir pela exumação, a CPI vai analisar o requerimento que convoca a viúva.

Réu no processo do mensalão, Janene morreu de infarto em 14 de setembro de 2010. Ele estava internado no Instituto do Coração de São Paulo desde o dia 4 de agosto e ficou inscrito na fila de espera para transplante de coração por três meses antes de morrer. Presidente do PP à época, Janene foi acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
(Agencia Brasil)

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