Civilidade da elite brasileira?
Setenta por cento das pessoas que estavam na Arena Corinthians, quinta-feira (12), na abertura da Copa do Mundo, eram homens que patrocinam o evento. A prioridade para VIPs e a já conhecida dificuldade de adquirir ingressos, graças ao sistema Fifa, se encarregaram de elitizar as arquibancadas e os camarotes do Itaquerão.
Itaú, um dos principais patrocinadores, além daCoca-Cola, Liberty Seguros, Adidas, Hyundai, Kia, Emirates, Sony, Visa, Budweiser, Castrol, Continental, Johnson & Johnson, McDonalds, Moypark, Yingli, Oi, Apex Brasil, Centauro, Garoto e Wise Up tomaram conta do estádio. Estádio que foi protagonista de um constrangedor exemplo de falta de civilidade.
A Presidenta Dilma Rousseff foi xingada por uma elite parceira ou diretamente ligada a estas multinacionais e bancos.
O que se ouviu não foi um protesto politico. Aqueles que xingavam a Presidenta pareciam mostrar intimidade com o que gritavam. Não eram vaias ou apupos. Era manifestação de falta de civilidade.
Esta mesma manifestação faz lembrar o episódio de Getúlio Vargas no Jockey Club, quando recebeu uma sonora vaia da Tribuna de Honra, onde estava a elite brasileira que assistia ao Grande Prêmio Brasil. E aquela era uma competição nacional, e não uma de proporções mundiais.
Nesta quinta-feira, 1,5 bilhão de pessoas de todo o mundo viram a elite xingar e ofender a Presidenta de seu país, com falta de educação e desrespeito.
Um dia, em São Paulo, Ademar de Barros preparou uma arapuca, como sabia preparar quando se tratava de desrespeitar políticos, em uma universidade. Arquitetou uma sonora vaia para Juscelino Kubitschek. Ali, foram vaias de estudantes, também tramadas por homem ligado ao dinheiro.
Vale guardar as devidas proporções com os homens ligados ao dinheiro de hoje. Homens de empreiteiras e bancos que frequentam a Polícia Federal por suspeitas de obras superfaturadas. Casos escandalosos como os do Banestado, Panamericano ou do Banco Econômico, de Angelo Calmon de Sá - que apesar de todas as denúncias ainda tem R$ 4 bilhões para tomar do Banco Central.
No episódio envolvendo Juscelino Kubitschek, o Presidente fez uma grande reflexão: "Feliz do pais que tem estudantes que podem vaiar seu presidente."
Ontem, não. Ali era falta de civilidade ou um xingamento que na verdade mostrava um costume daqueles que xingavam.
Triste do país cuja elite usa um tipo de agressão de tão baixo nível para ofender seu Presidente sob os olhos do mundo. Elite que não imagina o que poderá acontecer com o país quando, um dia, o povo sofrido tiver o mesmo lamentável comportamento contra ela.
Itaú, um dos principais patrocinadores, além da
A Presidenta Dilma Rousseff foi xingada por uma elite parceira ou diretamente ligada a estas multinacionais e bancos.
O que se ouviu não foi um protesto politico. Aqueles que xingavam a Presidenta pareciam mostrar intimidade com o que gritavam. Não eram vaias ou apupos. Era manifestação de falta de civilidade.
Esta mesma manifestação faz lembrar o episódio de Getúlio Vargas no Jockey Club, quando recebeu uma sonora vaia da Tribuna de Honra, onde estava a elite brasileira que assistia ao Grande Prêmio Brasil. E aquela era uma competição nacional, e não uma de proporções mundiais.
Nesta quinta-feira, 1,5 bilhão de pessoas de todo o mundo viram a elite xingar e ofender a Presidenta de seu país, com falta de educação e desrespeito.
Vale guardar as devidas proporções com os homens ligados ao dinheiro de hoje. Homens de empreiteiras e bancos que frequentam a Polícia Federal por suspeitas de obras superfaturadas. Casos escandalosos como os do Banestado, Panamericano ou do Banco Econômico, de Angelo Calmon de Sá - que apesar de todas as denúncias ainda tem R$ 4 bilhões para tomar do Banco Central.
No episódio envolvendo Juscelino Kubitschek, o Presidente fez uma grande reflexão: "Feliz do pais que tem estudantes que podem vaiar seu presidente."
Ontem, não. Ali era falta de civilidade ou um xingamento que na verdade mostrava um costume daqueles que xingavam.
Triste do país cuja elite usa um tipo de agressão de tão baixo nível para ofender seu Presidente sob os olhos do mundo. Elite que não imagina o que poderá acontecer com o país quando, um dia, o povo sofrido tiver o mesmo lamentável comportamento contra ela.
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