Atualizado 04/02/2014
Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Goiás concluíram o laudo grafotécnico realizado nos bilhetes com ameaças recebidos por Loanne Rodrigues da Costa. Segundo a perícia, a letra dos textos coincide com a grafia de Joaquim, confirmando que era ele quem enviava as mensagens à enteada. Como forma de disfarce, em uma das cartas, ele escreveu que a jovem deveria ter morrido quando recebeu uma paulada na cabeça durante a Festa do Divino, em abril do ano passado, mas que “da próxima vez o padrasto maldito não estaria por perto.”
Por causa dessa agressão citada no bilhete, Loanne ficou internada no Hospital de Urgências de Anápolis, cidade onde ela frequentava a faculdade. Na época, Joaquim teria chegado logo após a violência e levado a vítima para a unidade de saúde. A mãe dela, Sandra Rodrigues da Silva, registrou uma ocorrência, mas as investigações não tiveram conclusão. As cartas analisadas pelos peritos foram coletadas na casa em que vivia a família, no bairro Alto do Carmo, em Pirenópolis .
(Correiobraziliense)
Loanne Rodrigues da Silva Costa, 19
Uma estudante de enfermagem de 19 anos e o padrasto dela, de 47, foram encontrados mortos e abraçados em Pirenópolis, cidade turística de Goiás. A polícia suspeita que o padrasto tenha provocado uma explosão de dinamite, que estava amarrada entre os dois. Os corpos foram encontrados na terça-feira (17).
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Luiz Jayme, na tarde de segunda-feira a estudante de enfermagem Loanne Rodrigues da Silva Costa, e o padrasto dela, Joaquim Lourenço da Luz, teriam ido ao Morro do Frota, uma área de preservação ambiental a cerca de 4 km do centro da cidade, para tirar fotos.
A mãe da estudante, Sandra Rodrigues da Silva, 37, acompanhou os dois durante parte do trajeto. Como eles não haviam retornado até o fim do dia, ela registrou um boletim de ocorrência, e as buscas foram iniciadas. Os dois corpos só foram encontrados na tarde de ontem, porque o acesso ao local é difícil, afirmou o delegado.
Segundo Jayme, o perito disse que foi colocada dinamite entre as duas vítimas e, depois, provocada a explosão. Os corpos foram encontrados abraçados e amarrados a uma árvore. "O mais provável é que o próprio padrasto tenha simulado a situação de duplo homicídio", afirmou o delegado.
Segundo ele, Luz trabalhava em uma pedreira em Pirenópolis (a 118 km de Goiânia), onde tinha acesso a dinamites.
Pedaços idênticos à corda de nylon e à corrente que amarravam os corpos à árvore foram encontrados na casa dele. Além disso, um colchão achado queimado em uma barraca a cerca de 500 metros do local do crime teria sido comprado por Luz com a justificativa de que o levaria para o trabalho.
O delegado disse ainda que uma testemunha afirma ter visto o padrasto no local do crime um dia antes do desaparecimento dos dois. "É muito difícil ter tido uma terceira pessoa na cena do crime", afirmou Jayme.
A polícia também investiga a realização de um seguro de vida por parte do padrasto. Segundo Jayme, Luz teria questionado alguém se haveria cobertura em caso de suicídio.
Joaquim Lourenço da Luz, padrasto
CIÚMES
Segundo a polícia, a mãe e o padrasto de Loanne estavam juntos havia sete anos. O delegado informou que a mãe da estudante disse que não suspeitava de um possível relacionamento entre o companheiro e a filha. Mas, segundo Jayme, tanto ela quanto o irmão da vítima disseram que Luz tinha muito ciúme da enteada, chegando a ligar várias vezes para a jovem quando ela ia a alguma festa.
O delegado também disse ter recebido informações de que o padrasto gostava de fazer massagem no pé da estudante na sala de casa.
Segundo Jayme, uma amiga da jovem disse que, da parte da estudante, a relação com o homem era apenas a de enteada e padrasto.
Os corpos foram enterrados na manhã desta quarta-feira (18) em Pirenópolis.
A mãe e duas amigas da estudante foram ouvidas pela polícia na tarde de hoje.
Fonte: Folha Online/
CARLA GUIMARÃES
|
mãe de Loanne
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |