Ora, numa analise fria, em nenhuma hipótese aqueles que não manifestaram sua vontade prefeririam votar na alternativa chamada oposição para que houvesse mudanças. No máximo esses senhores, ao não votarem, o fizeram talvez porque aqueles que eles haviam ajudado a eleger várias vezes não os satisfizeram com políticas de radicalização, geralmente de caráter ideológico.
Os analistas, preocupados em tumultuar a tranquilidade do país, começam a alardear que o Brasil está dividido. O Brasil não está dividido. A população soma 200 milhões de brasileiros, dos quais 140 milhões são eleitores. Destes, 30% não votaram, lavando as mãos para que o poder que governava continuasse sua trajetória.
A oposição teve pouco mais de 50 milhões de votos, o que significa 1/4 do povo brasileiro. Todos sabem que os eleitores só podem votar acima de 16 anos. A população abaixo de 16 anos soma 40 milhões de brasileiros. Só que esta população cresceu na classe C, D e E, que é a classe em que se encontra os eleitores de Dilma. Na realidade, o Brasil continua o mesmo. Dois terços do povo tem anseios sociais para saciar suas necessidades, os outros 25% estão preocupados com o mercado, mas não o de comida. O financeiro.
"Dilma vai encontrar uma base aliada reduzida pois o PT e o PMDB diminuíram suas bancadas." É o que eles afirmam. Ao contrário, o PSD, o PR, o PRB, o PROS, o PC do B e outros aliados do governo darão uma base de sustentação que poderá prescindir a até dos peemedebistas que apoiaram Aécio. Continuará a haver uma base folgada.
"O Brasil queria mudança. Estavam cansados dos 12 anos do PT", também era o que afirmavam. O período de Getúlio Vargas durou quase 30 anos. O outro período de ditadura também foi de quase 30 anos. Os tucanos tem quase 20 anos de poder em São Paulo. Se são contra a continuidade, então não deviam lançar seus candidatos.
A possibilidade de reeleição tem o dedo dos tucanos. Inclusive existe até processo de suposta corrupção na compra de votos para a sua aprovação. Em Minas Gerais, os tucanos estavam há oito anos no poder e fizeram tudo para ter mais quatro. Portanto, falar em mudança de mandatos longos é hipocrisia.
Os analistas devem voltar a analisar com a consciência, não com o fígado.
(Jornal do Brasil)
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