Os pertences das cinco pessoas que morreram no acidente com o avião bimotor que ocorreu no dia 18 de março, em Jacaracanga, foram devolvidos às famílias das vítimas.
A maioria dos objetos era de uso pessoal, como roupas, sandálias, sombrinhas, joias e bijuterias. Dentre os pertences, alguns ajudarão nas investigações, em especial uma máquina fotográfica, que continha fotos feitas durante o voo. Nas imagens, é possível ver a posição das técnicas em enfermagem Rayline Campos, sozinha em uma poltrona, Raimunda Lúcia e Luciney Aguiar, sentadas lado a lado na aeronave, de costas para a frente do avião. Ao lado do piloto Luiz Feltrin estava o motorista da Funai Ary Lima.
Uma das câmeras das vítimas registrou o início tranquilo da viagem que terminou de forma trágica. Foto: Arquivo pessoal.
Investigação
Segundo o delegado Lucivelton Santos, de Jacareacanga, que acompanha o caso, algumas hipóteses já foram confirmadas após investigação. Uma delas é a de que o avião caiu a cerca de 80º do solo, ou seja, praticamente de bico. A queda a 90º só foi evitada porque o avião bateu em uma árvore antes de cair.
O delegado informou ainda que suspeita-se que o transponder, aparelho responsável por receber, amplificar e retransmitir sinais de frequência que permitem observar e acompanhar o tráfego das aeronaves, estava com problema ou desligado durante parte da viagem. Isto teria contribuído para a perda de contato da aeronave com a Torre. Durante o trajeto, no entanto, poucas vezes teria sido mantido contato com a torre do aeroporto em Itaituba ou Jacareacanga.
Santos disse ainda que a perícia nos dois motores do avião da Jotan está prevista para começar na próxima semana, no Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), em Santarém. Com o resultado, será possível saber qual a causa do acidente.
(Enderson Oliveira/DOL)
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