Divulgadores da Telexfree no RN tentam reaver investimento na Justiça
Grupo
de advogados recebeu 15 clientes que buscam reembolso.
Justiça do Acre bloqueou contas e impediu novos cadastros da Telexfree
Carro TelexFREE (Foto: Raissa Natani/G1) |
Divulgadores
da Telexfree no Rio Grande do Norte estão buscando a via judicial para reaver
investimentos após a decisão do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), que manteve
nesta segunda-feira (24) uma liminar proibindo os pagamentos e novas adesões à
empresa. De acordo com os advogados Alexandre Rêgo, André Araújo, Márcio Maia e
Thiago Almeida, 15 clientes já procuraram o escritório deles para tentar
garantir o reembolso do dinheiro investido na Telexfree.
"São ações para reaver os valores. Pessoas que investiram até R$ 200 mil e
não conseguiram sacar via Telexfree. Os investimentos foram feitos há pouco
tempo. No nosso entendimento, isso pode ser feito", explica André Araújo,
que recomenda agilidade aos divulgadores que queiram recuperar o dinheiro
investido. "A propositura das ações deve ocorrer o quanto antes. Não se
deve esperar o mérito do agravo de instrumento que está na Justiça do
Acre", afirma.
Os
advogados relatam que vão ao Acre para analisar o processo por inteiro para
entrar com ações que garantam o direito do recebimento dos valores. "Como
terceiros nesse processo, os divulgadores possuem esse direito", diz
Araújo. De acordo com ele, a decisão do Acre teve efeito de bloqueio para todos
os divulgadores do país, que não podem efetuar os saques das contas e cadastrar
novas pessoas.
Além dos novos clientes, os advogados são os responsáveis pelos seis processos
que tramitam no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) envolvendo a
versão brasileira da Telexfree, a empresa de nome Ympactus Comercial LTDA.
"São ações que reivindicam direitos dos divulgadores que tiveram contas
bloqueadas de forma administrativa ilegalmente", explica o advogado
Alexandre Rêgo.
Somados, os divulgadores que entraram com processos na Justiça do RN possuem
mais de 200 contas. "A empresa sempre informa que são erros técnicos. Os
processos ficam em aberto para que as contas não voltem a ser bloqueadas",
explica. De acordo com Alexandre Rêgo, a Telexfree só efetuou os desbloqueios
em questão por via judicial até agora. "Quando levamos a petição e
tentamos resolver administrativamente, é pedido que se entre na Justiça",
informa.
Além das demandas judiciais no RN, os advogados têm atendido clientes de outros
estados no desbloqueio de contas. "Conseguimos desbloquear contas de
diversos líderes, que possuem até 500 mil contas", contabiliza André
Araújo
Empresa é suspeita de operar esquema
de pirâmide financeira (Foto: Rayssa Natani/G1)
OAB/RN
não conhece outros processos
A Comissão de Advogados Trabalhistas da seccional estadual da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB/RN) não conhece outros processos relacionados a
Telexfree no estado além dos seis que tramitam atualmente no TJRN.
"O único caso diferente é um em que o juiz não reconheceu o contrato como
sendo de consumo e remeteu o processo para o Espírito Santo, onde fica a sede
da empresa. Mas a tônica é parecida em todos: é dada a tutela para
reestabelecer o funcionamento e o cliente continua no negócio, além de ser
fixada uma multa diária em caso de descumprimento", detalha o advogado
Renato Rodrigues, que preside a comissão.
Rodrigues
explica que existem duas vinculações a Telexfree. Uma é norte-americana e
oferece um sistema de telefonia pela internet, o VOIP (Voice Over Internet
Protocol). A Telexfree no Brasil seria o nome-fantasia da empresa Ympactus
Comercial LTDA, com sede em Vitória, no Espírito
Santo, tendo iniciado suas atividades em março de 2012.
Desembargador do Acre indeferiu recurso
da Telexfree (Foto: Assessoria TJ/AC
A empresa
trabalha com marketing multinível, modelo em que ocorre a distribuição de bens
e serviços e divulgação dos produtos por revendedores independentes que faturam
em cima do percentual de vendas. No entanto, existe a suspeita de que o modelo
adotado pela Telexfree seja na verdade o de pirâmide financeira, no qual não
haveria foco na venda de produtos ou serviços, e sim na adesão de novas pessoas
para alimentar o sistema de pagamento.
"Esse modelo constitui crime contra o sistema financeiro nacional e é
vedado no ordenamento jurídico brasileiro. Não se comercializa produto. O viés
é a captação de pessoas para haver a somatória de lucro em cima das pessoas que
entram nesta corrente", afirma o presidente da Comissão dos Advogados
Trabalhistas.
Para Renato Rodrigues, é preciso que a jurisprudência brasileira caracterize a
natureza jurídica dos contratos assinados pela Telexfree. "É preciso saber
se é de consumo, de prestação de serviço, de adesão...isso vai ditar as regras
e será possível tirar mais conclusões", encerra o advogado.
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/06/divulgadores-do-telexfree-no-rn-tentam-reaver-investimento-na-justica.html
Blog ≤≥ RPI /rota policial de Itaituba
de pirâmide financeira (Foto: Rayssa Natani/G1)
A Comissão de Advogados Trabalhistas da seccional estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) não conhece outros processos relacionados a Telexfree no estado além dos seis que tramitam atualmente no TJRN.
"O único caso diferente é um em que o juiz não reconheceu o contrato como sendo de consumo e remeteu o processo para o Espírito Santo, onde fica a sede da empresa. Mas a tônica é parecida em todos: é dada a tutela para reestabelecer o funcionamento e o cliente continua no negócio, além de ser fixada uma multa diária em caso de descumprimento", detalha o advogado Renato Rodrigues, que preside a comissão.
da Telexfree (Foto: Assessoria TJ/AC
"Esse modelo constitui crime contra o sistema financeiro nacional e é vedado no ordenamento jurídico brasileiro. Não se comercializa produto. O viés é a captação de pessoas para haver a somatória de lucro em cima das pessoas que entram nesta corrente", afirma o presidente da Comissão dos Advogados Trabalhistas.
Para Renato Rodrigues, é preciso que a jurisprudência brasileira caracterize a natureza jurídica dos contratos assinados pela Telexfree. "É preciso saber se é de consumo, de prestação de serviço, de adesão...isso vai ditar as regras e será possível tirar mais conclusões", encerra o advogado.
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/06/divulgadores-do-telexfree-no-rn-tentam-reaver-investimento-na-justica.html
Blog ≤≥ RPI /rota policial de Itaituba
Nenhum comentário:
Postar um comentário
colabore: envie seu comentario para o blog