Da Folha
Daniel Marenco/Folhapress
O advogado Jonas Tadeu, que defende Caio Silva de Souza, disse que o seu cliente e outros jovens recebem dinheiro para promover "quebra-quebra" durante as manifestações.
"Então, ele [Caio Souza] foi aliciado a participar de manifestações e, para cada manifestação que ele participava, com o intuito de 'vamos fazer um quebra-quebra', você ganha R$ 150", afirmou o advogado em entrevista à Globo News.
Caio Souza foi preso na madrugada de hoje na Bahia. Em entrevista também à Globo News, ele admitiu ter acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Band. À polícia, porém, ele disse que só iria falar em juízo.
O advogado enfatizou que o rapaz preso vive numa "situação miserável, não no sentido de ser um monstro, um criminoso, mas no sentido de sua situação financeira, no sentido da pobreza extrema em que ele vive."
Nunes não citou nomes de quem teria aliciado Caio ou outros jovens, mas disse que há políticos envolvidos no esquema para promover "quebra-quebra". Ainda segundo o advogado, os rojões, máscaras e o dinheiro são entregues por quem alicia esses jovens.
"O dinheiro era pago por um ativista, que eles não deram o nome. Mas esse ativista tem envolvimento com político, com diretórios regionais de partidos, de vereadores, deputados estaduais e senadores", afirmou o advogado à Folha, por telefone.
Ainda de acordo com o advogado, o rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade foi aceso pelos dois jovens –tanto por Fábio Raposo, conhecido como Fox, como por Caio Souza. Ele disse ainda que a dupla se conhecia apenas por apelidos em manifestações.
"Os dois acenderam juntos o rojão: um segurou, o outro acendeu e o outro [Caio] colocou no chão", afirmou.
Nunes disse ainda que tanto Souza como Raposo conhecem a ativista Elisa de Quadros, conhecida como Sininho, 28. Ele, no entanto, não confirmou se a jovem teria informações sobre a negociação de ativistas com políticos. A reportagem tentou contato com Elisa Quadros, mas não conseguiu localizá-la.
Segundo o advogado, Souza e o tatuador Fábio Raposo, que também está preso por participação no caso, "tiveram a liberdade tomada por quem fomenta o terrorismo social". Preso na madrugada, Souza já foi encaminhado para uma penitenciária no Rio. Segundo a polícia, ele pretendia fugir para o Ceará onde ficaria na casa do avô.
Tadeu afirmou que desconhece o nome de quem é responsável por aliciar os jovens e que seus clientes sabem apenas os apelidos deles. Ele também negou que Souza e Raposo sejam adeptos à tática Black Bloc.
Ainda segundo o advogado, Souza e Raposo não têm condições financeiras de pagar um advogado, mas optou em ajudá-los porque já conhecia Raposo.
Souza admitiu, em entrevista à Rede Globo, que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista no protesto realizado na quinta-feira (6) no centro do Rio. Ele afirmou, no entanto, que não tinha a intenção de atingir ninguém e que pensou que o artefato era um "cabeção de nego" [um artefato que funciona como uma bomba e que não é projetado com um rojão].
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Daniel Marenco/Folhapress
O advogado Jonas Tadeu, que defende Caio Silva de Souza, disse que o seu cliente e outros jovens recebem dinheiro para promover "quebra-quebra" durante as manifestações.
"Então, ele [Caio Souza] foi aliciado a participar de manifestações e, para cada manifestação que ele participava, com o intuito de 'vamos fazer um quebra-quebra', você ganha R$ 150", afirmou o advogado em entrevista à Globo News.
Caio Souza foi preso na madrugada de hoje na Bahia. Em entrevista também à Globo News, ele admitiu ter acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Band. À polícia, porém, ele disse que só iria falar em juízo.
O advogado enfatizou que o rapaz preso vive numa "situação miserável, não no sentido de ser um monstro, um criminoso, mas no sentido de sua situação financeira, no sentido da pobreza extrema em que ele vive."
Nunes não citou nomes de quem teria aliciado Caio ou outros jovens, mas disse que há políticos envolvidos no esquema para promover "quebra-quebra". Ainda segundo o advogado, os rojões, máscaras e o dinheiro são entregues por quem alicia esses jovens.
"O dinheiro era pago por um ativista, que eles não deram o nome. Mas esse ativista tem envolvimento com político, com diretórios regionais de partidos, de vereadores, deputados estaduais e senadores", afirmou o advogado à Folha, por telefone.
Ainda de acordo com o advogado, o rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade foi aceso pelos dois jovens –tanto por Fábio Raposo, conhecido como Fox, como por Caio Souza. Ele disse ainda que a dupla se conhecia apenas por apelidos em manifestações.
"Os dois acenderam juntos o rojão: um segurou, o outro acendeu e o outro [Caio] colocou no chão", afirmou.
Nunes disse ainda que tanto Souza como Raposo conhecem a ativista Elisa de Quadros, conhecida como Sininho, 28. Ele, no entanto, não confirmou se a jovem teria informações sobre a negociação de ativistas com políticos. A reportagem tentou contato com Elisa Quadros, mas não conseguiu localizá-la.
Segundo o advogado, Souza e o tatuador Fábio Raposo, que também está preso por participação no caso, "tiveram a liberdade tomada por quem fomenta o terrorismo social". Preso na madrugada, Souza já foi encaminhado para uma penitenciária no Rio. Segundo a polícia, ele pretendia fugir para o Ceará onde ficaria na casa do avô.
Tadeu afirmou que desconhece o nome de quem é responsável por aliciar os jovens e que seus clientes sabem apenas os apelidos deles. Ele também negou que Souza e Raposo sejam adeptos à tática Black Bloc.
Ainda segundo o advogado, Souza e Raposo não têm condições financeiras de pagar um advogado, mas optou em ajudá-los porque já conhecia Raposo.
Souza admitiu, em entrevista à Rede Globo, que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista no protesto realizado na quinta-feira (6) no centro do Rio. Ele afirmou, no entanto, que não tinha a intenção de atingir ninguém e que pensou que o artefato era um "cabeção de nego" [um artefato que funciona como uma bomba e que não é projetado com um rojão].
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