Da Folha
CAMILA TURTELLI/ DE RIBEIRÃO PRETOA afirmação é do delegado Wanderley Fernandes Martins Junior. Segundo ele, as três facadas que atingiram a menina perfuraram o pulmão esquerdo e o corpo da menina não apresenta lesões de tentativa de defesa.
"Isso pode significar que ela estava dormindo quando foi atingida. Quem fez tinha a certeza de que estava fazendo para matar", afirmou.
A polícia prendeu a mãe, Ana Paula Milani, 36, e o padrasto, Sebastião Carlos Rodrigues, 27, porque encontrou toalhas e roupas com supostas manchas de sangue no quarto do casal.
Encontrou ainda na casa uma faca de cozinha compatível com os ferimentos. O banheiro do imóvel também estava molhado. A Justiça decretou a prisão temporária do casal no domingo (5).
Silva Junior/Folhapress | ||
A polícia lacrou a casa onde a menina Íris, foi encontrada morta no sábado, morava com a mãe, irmãos e o padrasto em Mococa |
A reação da mãe ao ver o corpo da filha foi outro fator que levou a Polícia Civil a considerar o casal suspeito. "A frieza da mãe com a situação foi impressionante", afirmou o delegado.
O delegado disse que apurou com familiares e vizinhos que o casal costumava brigar. "Ele batia nela [Ana Paula] e nas crianças", disse. Ana Paula é mãe de dez filhos.
Três deles moravam com a mãe. Entre a noite de sexta-feira (3) e a manhã de sábado (4), apenas Íris estava com o casal, segundo a Polícia Civil.
De acordo com familiares, o pai biológico de Íris está preso. A polícia pretende ouvi-lo também.
Em depoimento, o padrasto disse à polícia já ter sido preso no Maranhão, mas negou envolvimento na morte, assim como a mãe da garota.
Eles, que ainda não têm advogado constituído, alegam que viram a menina pela última vez na noite de sexta.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre as agressões ao corpo de Íris deve sair em 10 dias.
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