Da Folha de S Paulo
barrancas.com.br
JAIRO BARBOSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO VELHO
Índios da etnia Tenharin, que vivem em uma área próxima à cidade, faziam compras na região central quando começaram a ser hostilizados pelos moradores, que os responsabilizam pelo desaparecimento dos três.
Cerca de 60 índios decidiram se refugiar na base do 54º Batalhão de Infantaria de Selva, o que desencadeou a revolta da população.
O tumulto começou por volta das 19h. Segundo a Policia Militar em Humaitá, cerca de 3.000 pessoas participaram do protesto e entraram em confronto com os policiais.
Usando galões com gasolina, os moradores atearam fogo na sede da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e da Funai (Fundação Nacional do Índio) e nos carros estacionados no pátio e depois seguiram para as margens do rio Madeira, onde incendiaram três barcos de grande porte usados para transportar os índios para a aldeia.
A PM ainda tentou conter a multidão com balas de borracha e bombas de efeito moral, mas o efetivo reduzido recuou diante da multidão.
Cinco pessoas ficaram feridas no confronto com a polícia. Foram atendidas no hospital local e liberadas.
Foram enviados para Humaitá homens da Força Nacional, da Policia Rodoviária Federal e das polícias Civil, Federal e Militar. A PF não informou o efetivo enviado à região.
'CLIMA TENSO'
Na manhã desta quinta-feira (26), em entrevista à imprensa, o superintendente da PF em Rondônia, Carlos Manoel Gaya da Costa, disse que o clima na região é de muita tensão.
Segundo ele, os índios não são amigáveis e limitaram a área de atuação dos agentes da PF na área indígena.
"Eles dificultam o acesso da polícia à área e negam envolvimento no desaparecimento dessas pessoas", disse Gaya da Costa, ressaltando que teme um confronto entre índios e brancos na região.
Os moradores acreditam que os índios sequestraram os três homens –Aldeney Ribeiro Salvador, funcionário da Eletrobras, Luciano Conceição Ferreira, representante comercial, e Stef Pinheiro de Souza, professor da rede municipal de Humaitá– em represália pela morte de um cacique Tenharim, encontrado sem vida na rodovia Transamazônica.
Os índios dizem que ele foi assassinado, mas a polícia disse que ele foi vítima de um atropelamento.
Os três estão desaparecidos desde o dia 16 de dezembro, quando saíram da cidade de Apuí com destino a Humaitá.
Desde quarta-feira, um grupo bloqueia a BR-319, que liga Humaitá a Apuí.
A reportagem não conseguiu contato com a Funai em Humaitá. Na Funai em Manaus, foi informado que uma equipe está se deslocando para a região.
A terra indígena possui 1.309 hectares, foi criada em 1993 e é habitada por cerca de 220 índios.
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JAIRO BARBOSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO VELHO
Revoltados com o desaparecimento de três homens, moradores de Humaitá (a 400 km de Manaus) atearam fogo na sede da Funai e da Funasa na noite de quarta-feira (25) e destruíram 13 veículos e três barcos usados no transporte de índios.
Cerca de 60 índios decidiram se refugiar na base do 54º Batalhão de Infantaria de Selva, o que desencadeou a revolta da população.
O tumulto começou por volta das 19h. Segundo a Policia Militar em Humaitá, cerca de 3.000 pessoas participaram do protesto e entraram em confronto com os policiais.
Usando galões com gasolina, os moradores atearam fogo na sede da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e da Funai (Fundação Nacional do Índio) e nos carros estacionados no pátio e depois seguiram para as margens do rio Madeira, onde incendiaram três barcos de grande porte usados para transportar os índios para a aldeia.
A PM ainda tentou conter a multidão com balas de borracha e bombas de efeito moral, mas o efetivo reduzido recuou diante da multidão.
Cinco pessoas ficaram feridas no confronto com a polícia. Foram atendidas no hospital local e liberadas.
Foram enviados para Humaitá homens da Força Nacional, da Policia Rodoviária Federal e das polícias Civil, Federal e Militar. A PF não informou o efetivo enviado à região.
'CLIMA TENSO'
Na manhã desta quinta-feira (26), em entrevista à imprensa, o superintendente da PF em Rondônia, Carlos Manoel Gaya da Costa, disse que o clima na região é de muita tensão.
Segundo ele, os índios não são amigáveis e limitaram a área de atuação dos agentes da PF na área indígena.
"Eles dificultam o acesso da polícia à área e negam envolvimento no desaparecimento dessas pessoas", disse Gaya da Costa, ressaltando que teme um confronto entre índios e brancos na região.
Os moradores acreditam que os índios sequestraram os três homens –Aldeney Ribeiro Salvador, funcionário da Eletrobras, Luciano Conceição Ferreira, representante comercial, e Stef Pinheiro de Souza, professor da rede municipal de Humaitá– em represália pela morte de um cacique Tenharim, encontrado sem vida na rodovia Transamazônica.
Os índios dizem que ele foi assassinado, mas a polícia disse que ele foi vítima de um atropelamento.
Os três estão desaparecidos desde o dia 16 de dezembro, quando saíram da cidade de Apuí com destino a Humaitá.
Desde quarta-feira, um grupo bloqueia a BR-319, que liga Humaitá a Apuí.
A reportagem não conseguiu contato com a Funai em Humaitá. Na Funai em Manaus, foi informado que uma equipe está se deslocando para a região.
A terra indígena possui 1.309 hectares, foi criada em 1993 e é habitada por cerca de 220 índios.
Editoria de Arte/Folhapress |
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